É engraçado como as lembranças que guardamos [sejam elas em um papel, ou mesmo na própria mente] nos são deixadas de lado por tanto tempo... Deve ser por pensarmos que são lembranças e, sendo assim, a gente não precisa ficar lembrando toda hora de todo santo dia.
Não posso mentir, é assim que eu penso.
E então, naquele dia frio, com os dedos tremelicando junto com o queixo que também bate-bate-bate, sentimos aquela saudadezinha que vai aumentando e aumentando a cada minuto, e que, de repente, está gigantesca, e enfim: Explode!
Foi em meio a uma risada que eu decidi mostrar aqui, o que me causou essa sensação de ânsia misturada com as mais confusas sensações.
Acho que ele não se lembra de ter escrito. Talvez tenha uma lembrança vaga, mas não com as mesmas palavras. Provável.
É uma carta.
Data de 05/04/09, com direito ao horário: 01h 57min da manhã.
Depois de fazer alguns comentários sobre um filme, uma carta, uma avó e uma tia; comentou que a partir daquele ponto final no parágrafo acima, ele escreveria somente a mim. E foi assim que ele disse na mais bela caligrafia:
“Sabe, olhei pela janela agora a pouco, e a noite está linda. Bate aquele ventinho gostoso, que dá vontade de estar abraçado com quem você gosta muito. O inverno é maravilhoso. Imagino-me assim com você... Nós dois usando muita roupa, num lugar frio. Tem neve apenas nas calçadas, e lá de longe dá para ver o sol que ilumina seu rosto, é a única coisa na qual presto atenção; aquele sol quentinho, mas que não significa nada em meio a tanto frio. Árvores secas, e folhas no chão. E entramos num quiosque, desses que tem café expresso e pão de queijo, de cidadezinha pacata. É assim que imagino minhas férias, ao lado do meu amor”
E depois disso, ele dá uma risada com várias letras, e comenta sobre o que escreveu com uma pitada de ojeriza, e dá vida a outro comentário, meio encabulado:
“Você me remete a essas coisas...”
E então, depois de saciar a ânsia pela lembrança, vem a tristeza. Mas dessa vez, incrivelmente, eu consegui reparar até essa tristeza e angustia que me faziam pirar, e perder noites de sono. Pois foi numa dessas noites, zanzando por comunidades e caindo em outras e depois em outras, que me deparei com o digno “tapa na cara”. Confesso que eu não iria continuar a ler a descrição, mas alguma força maior, me fez terminar.
Ela diz o seguinte:
“Sabem como é... Às vezes, você conhece uma pessoa maravilhosa, mas apenas por um rápido instante. Talvez em férias, num trem ou até numa fila de ônibus. E essa pessoa toca sua vida por um momento, mas de uma maneira especial. E, em vez de lamentar o fato de ela não poder ficar com você por mais tempo ou por você não ter a oportunidade de conhecê-la melhor, não é mais sensato ficar satisfeito por ter chegado a conhecê-la um dia?”
Não preciso complementar.
Não posso mentir, é assim que eu penso.
E então, naquele dia frio, com os dedos tremelicando junto com o queixo que também bate-bate-bate, sentimos aquela saudadezinha que vai aumentando e aumentando a cada minuto, e que, de repente, está gigantesca, e enfim: Explode!
Foi em meio a uma risada que eu decidi mostrar aqui, o que me causou essa sensação de ânsia misturada com as mais confusas sensações.
Acho que ele não se lembra de ter escrito. Talvez tenha uma lembrança vaga, mas não com as mesmas palavras. Provável.
É uma carta.
Data de 05/04/09, com direito ao horário: 01h 57min da manhã.
Depois de fazer alguns comentários sobre um filme, uma carta, uma avó e uma tia; comentou que a partir daquele ponto final no parágrafo acima, ele escreveria somente a mim. E foi assim que ele disse na mais bela caligrafia:
“Sabe, olhei pela janela agora a pouco, e a noite está linda. Bate aquele ventinho gostoso, que dá vontade de estar abraçado com quem você gosta muito. O inverno é maravilhoso. Imagino-me assim com você... Nós dois usando muita roupa, num lugar frio. Tem neve apenas nas calçadas, e lá de longe dá para ver o sol que ilumina seu rosto, é a única coisa na qual presto atenção; aquele sol quentinho, mas que não significa nada em meio a tanto frio. Árvores secas, e folhas no chão. E entramos num quiosque, desses que tem café expresso e pão de queijo, de cidadezinha pacata. É assim que imagino minhas férias, ao lado do meu amor”
E depois disso, ele dá uma risada com várias letras, e comenta sobre o que escreveu com uma pitada de ojeriza, e dá vida a outro comentário, meio encabulado:
“Você me remete a essas coisas...”
E então, depois de saciar a ânsia pela lembrança, vem a tristeza. Mas dessa vez, incrivelmente, eu consegui reparar até essa tristeza e angustia que me faziam pirar, e perder noites de sono. Pois foi numa dessas noites, zanzando por comunidades e caindo em outras e depois em outras, que me deparei com o digno “tapa na cara”. Confesso que eu não iria continuar a ler a descrição, mas alguma força maior, me fez terminar.
Ela diz o seguinte:
“Sabem como é... Às vezes, você conhece uma pessoa maravilhosa, mas apenas por um rápido instante. Talvez em férias, num trem ou até numa fila de ônibus. E essa pessoa toca sua vida por um momento, mas de uma maneira especial. E, em vez de lamentar o fato de ela não poder ficar com você por mais tempo ou por você não ter a oportunidade de conhecê-la melhor, não é mais sensato ficar satisfeito por ter chegado a conhecê-la um dia?”
Não preciso complementar.
Larissa Tonin - [The]Lirium
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on sexta-feira, 21 de maio de 2010
at sexta-feira, maio 21, 2010
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